A Melhor Escolha (Last Flag Flying) – Crítica

Richard Linklater assina o roteiro e a direção da continuação de A Última Missão (Last Flag Detail no original) lançado em 1973, contando a história dos três personagens depois de muitos anos. O elenco é composto por Bryan Cranston, Steve Carell, Laurence Fishburne entre outros. Depois de muito tempo Larry “Doc” Shepherd (Carrel) vá de encontro ao seus dois amigos fuzileiros Sal Nealon (Cranston) e Richard Mueller (Fishburne) pedindo ajuda para acompanha-lo para enterrar seu filho que é acaba sendo atingindo em Bagdá.

Antes de tudo, sem ao menos ter assistido o antecessor, Linklater fornece muito bem informações para a compreensão do que aconteceu com esses rapazes e ainda se mantendo autossuficiente para continuar uma história nova. No formato Road Movie A Melhor Escolha reúne os três personagens que tem como missão ajudar Doc no funeral do seu filho, se valendo muito bem do subgênero sendo que o principal não é o final de tudo isso, mas sim que acontece nessa aventura. Curiosamente Linklater mantém uma trilha sonora leve a cada troca de cenário, tempo, ou parte, como se cada trecho fosse importante no mesmo nível que os anteriores e os sucessores.

 

O roteiro com sabedoria preenche muito bem todo o espaço com subtramas referente ao envelhecimento, válvula de escape e mentiras e orgulho, atirando com sutiliza para tudo que é canto, principalmente contra o Governo dos Estados Unidos da América, o qual se expõe de mentiras. Contudo o filme se mantém um pouco dúbio em relação ao jogo de herói e vilão, ele não declara o Governo o vilão, mas de culpado pelas mentiras contadas, no entanto o que mais se surpreende é que todos os elementos inseridos no roteiro acabam sendo tratados por humanos, como uma forma de mostrar o lado dúbio de todos, basicamente independente do que aconteça ninguém é vilão,apenas as inconveniências da vida.

O elenco, além de excelente é simplesmente arrasador, Steve Carrel se mostrando mais uma vez brilhante no drama, no filme tem um personagem mais cômico e não é interpretado por pelo Carrel, seu personagem é o Doc o mais dramático do trio, sua interpretação gestual foi muito mais pedido do começo ao fim, por não ter tantas falas igual os dois outros, seu personagem que representa da dureza da realidade por perder sua esposa que tinha certo atraso de reação e que agora perdeu seu filho no Iraque, não conformado por dizer adeus sem ao menos olhar para ele pela última vez mesmo que esteja irreconhecível. O Reverendo Richard Mueller interpretado pelo Laurence Fishburne representa a esperança, depois dos dias de pecado do passado, ele vive casado e pregando a palavra de Deus. E o último é o o personagem Sal Nealon interpretado pelo Bryan Cranston, Sal é dono de um bar e grill que só funciona o bar vive na nostalgia, as suas lembranças, principalmente quando os seus amigos estavam juntos, são ditas como se fossem as melhores coisas do mundo.

Last Flag Flying pinta um retrato humano das coisas da vida e que a amizade e o companheirismo são um ótimo remédio, o olhar para as coisas boas do passado e ter esperanças de dias melhores são um ótimos para se viver a dureza da vida.

Nota: 8,5

A Melhor  Escolha tem estreia prevista para 22 de março





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