Crítica: Além do Homem – Estreia 28 de Junho nos cinemas




“A grama do vizinho é mais verde”, basicamente esse é o pensamento de Alberto Luppo e no caso morar na França é muito melhor do que seu país natal. Alberto é um escritor em busca de finalizar uma obra, porém ele recebe a proposta, a contra gosto, de voltar ao Brasil para pesquisar o local no qual supostamente o antropólogo francês Marcel Lefavre foi devorado por canibais. Filme tem direção de Willy Biondani e elenco formado por Sérgio Guizé, Débora Nascimento, Fabrício Boliveira, Pierre Richard, Otávio Augusto e Jai Baptista. Filme exibido para imprensa seguido por coletiva de imprensa com diretor e elenco.

O primeiro trabalho em longa-metragem do diretor Willy Biondani aborda o retorno as origens e o encontro com a cultura nacional de forma a descobrir ou redescobrir em si mesmo por meio do “choque” cultural. A origem da história teve início com o diretor morando na França e na tentativa de encontrar a identidade brasileira em si mesmo, Willy assimilou a um Brasil feminino, não se gênero, mas de personalidade, e é até interessante olhar para o projeto e se identificar com a proposta do filme principalmente nesse tempo em que se ouve por todos os lados: “o Brasil não presta”, “não quero morar mais aqui” e “qualquer outro país é melhor do que aqui”, entre outros, por mais que esses exemplos sejam carregados de revolta, a base acaba sendo a mesmo, a renúncia as origens.

“Além do Homem” utiliza de forma cômica a abordagem do Brasil multi-peculiar pegando cada personagem e dando a liberdade aos atores para montar seus personagens e a origem deles, resultando na mistura de nordestinos, paulistanas, mineiros, entre outros, que se justificam pela metáfora de descobrir o seu eu.

Além da comédia, a fotografia e a trilha sonora são atenuantes no filme que chegam a se tornar pedante em alguns momentos por carregarem a mão saindo para o surrealismo, que inclusive o diretor utiliza da montagem também para essa abordagem que por mais que sejam parabenizada pela coragem, é de certa forma um pouco prepotente.

Nota: 6

Confira o trailer abaixo:




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