Crítica: “De Encontro Com a Vida”




Uma pessoa deficiente não tem a capacidade de realizar a mesma atividade que uma pessoa normal. Será mesmo?!


Em “De Encontro Com a Vida” vemos o jovem Saliya, uma pessoa comum com um sonho de trabalhar em um hotel de luxo, porém ele perde parcialmente sua visão restando apenas uma mínima porcentagem que resulta em imagens borradas, mesmo assim, ele tenta terminar os estudos em uma escola normal e tenta o impossível trabalhar em um hotel de luxo sem que saibam que ele não tem visão.

My Blind Date With Life (Título Original) tem direção de Marc Rothemund, roteiro de Oliver Ziegenbalg e Ruth Toma e elenco Kostja Ullman, Jacob Matschenz, Anna Maria Mühe, Johann Von Bulow. Filme foi destaque na 41 Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Uma das características do filme deixada pelo diretor Rothemund é o fato de ser uma história, basicamente, de superação sem aquela forma densa e dramática para emocionar o público do começo ao fim, lógico que há uma carga dramática e uma emoção, porém o tom leve e cômico resulta em uma certa originalidade.

Outro fato a ser mencionado, esse gira em torno da superação, é o modo como nos deixamos nos enganar e desacreditamos que uma pessoa por mais que ela tenha alguma incapacidade, não poderá realizar a mesma atividade que uma pessoa sem alguma limitação. E que o lado cômico conseguiu também dar a sensação de que não há diferença entre pessoas com ou sem deficiência, todos são normais e tem desafios a encararem nos dias. Exemplos podem ser claramente vistos quando Saliya se apaixona e faz de tudo para estar com ela; ou até mesmo o sacrifício de um segundo emprego para ajudar nas despesas de sua mãe e irmã.

“De Encontro com a Vida” é mais um deslumbre de que as pessoas podem ser o que elas são e realizarem o que elas quiserem.

Nota: 8

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