Crítica: Estrelas de Cinema Nunca Morrem




As memórias do ator britânico Peter Turner ganham espaço nos cinemas pelo diretor Paul McGuigan e atuações de Annette Bening interpretado a atriz Gloria Grahame ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante em “Assim Estava Escrito” e Jamie Bell interpretando Peter Turner. Quando Gloria passar mal e ao invés de ir a um hospital ela deseja voltar a casa de Peter em Liverpool onde em forma de flashbacks os motivos pelos quais os uniram e os separam serão relembrados.

A história adaptada por McGuigan cria uma narrativa a partir dos pontos de vistas dos personagens, transitando entre o passado e o presente mantendo um único ponto de virada principal, falhando em fornecer uma história que se aprofunde no interior dos dois personagens criando mais camadas. De fato o ponto principal que carrega o filme emociona nos seus minutos finais, porém, quanto mais se reflete sobre o filme mais se percebe a fragilidade do roteiro e possivelmente a superficialidade dos personagens.

O amor que Peter Turner tem com a personagem Glória é verdadeiro a ponte dele deixar sua carreira de lado para ir a Hollywood com ela, já Glória uma mulher mais velha com quatro filhos de outros relacionamentos que inclusive um deles foi jovem da mesma forma que Peter, conforme única parte que o filme usa para se aprofundar na personagem, e no final das contas não chega a trazer uma discussão a ponte de explorar outros lados dos personagens. Entretanto com sabedoria, ou obrigação, o roteiro possibilita um questionamento ao personagem de Turner quando Glória retorna à sua casa.

O ator Jamie Bell teve uma boa atuação pé no chão, tanto nos momento calorosos no passado quanto na tentativa de encontrar uma situação para o presente. Já Annette Bening mantém em sua interpretação uma incrível sutileza tanta de sua doce voz quanto dos olhares e gestos, mesmo até quando a personagem está abalada, realmente uma verdadeira diva.

Em se tratando de um filme que transita pelo passado e presente, a direção de fotografia facilita e deixa um toque de elegância para os momentos calorosos de amor com tons quente e em contra partida a frieza do reencontro com paletas frias.

Nota: 6

Deixe um comentário