Mais uma história preciosa está sendo contada na Netflix, a comédia dramática “Juanita” acompanha uma mulher negra que criou seus filhos sem a presença do pai e deixou de lado seus sonhos de viajar e conhecer novos lugares. Mãe de três filhos, Juanita adulou seus filhos a ponto de todos eles estarem em uma posição ruim, Randy está preso por ser pego dentro de um carro com uma arma, mesmo não tendo feito algo ruim, Bertie já é mãe, porém deixe sua filha com a Juanita enquanto sai a noite para festas, e Rashawn aquele tipo de pessoa que não tem trabalho, porém está sempre com dinheiro. Infeliz, principalemente por se considerar um clichê, Juanita deixa tudo e parte em uma viagem.
Alfre Woodard interpreta a personagem título, ela esbanja carisma e tem uma personalidade forte e marcante, uma mulher sonhadora, porém que vive para todos em sua volta, e apesar de tudo isso se ve fazendo a coisa errada ao perceber que sua família está indo para o caminho errado.
O diretor Clark Johnson conhecido por dirigir alguns episódios de séries retrata a história de muitas mulheres pelo olhar de Juanita, uma mulher abandonada, mãe de três filhos, trabalhadora, sonhadora e que coloca todos em primeiro lugar. O brilho dessa filme se intensifica e aproxima a história do público se tornando cativante pela narrativa de filmes independentes que inclusive brinca com linguagem cinematográfica, como a quebra constante da quarta parede fazendo com que a própria Juanita seja a narradora de sua própria história, os momentos lúdicos em que os sonhos e desejos mergulham na realidade e da mesma forma que vem vão embora.
O roteiro deixa pontas soltas, inclusiva sobre a própria protagonista, como por exemplo o problema nos pés e a aversão ao ar puro. “Juanita” não é um filme imperdível, da mesmo forma que não é despresável, o longa-metragem conta de forma carinhosa essa história e já é o bastante para se interessar e se emocionar.
Nota: 7
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