Crítica: Maniac – Minissérie Estrelada por Emma Stone e Jonah Hill




Em um universo onde pessoas têm relacionamentos artificial, sejam por problemas dentro da família, trágicos acontecimentos ou consequências de suas ações e por até mesmo por alguma doença; nós somos apresentados a dois personagens que com seus problemas e necessidades vão em busca de um teste farmacêutico onde através de três etapas as cobaias vivenciarão algumas experiências que a possibilitaram se curar e viver bem, além de possibilitar a venda desses medicamentos a população. De um lado temos Owen Milgrim, interpretado pelo Jonah Hill, ele é o ovelha negra de sua família e apesar de ter esquizofrenia ele recebe o pedido de sua família para depor a favor de seu irmão que está sendo acusado. Do outro lado Emma Stone interpreta Annie Landsberg, uma jovem viciada e distante de sua família que ao invés de visitar sua irmã em Salt Lake City, ela participa do programa como forma de ter acesso ao medicamento que ultimamente tem consumido. Com criação de Patrick Somerville e Cary Joji Fukunaga, a minissérie recebe a direção de Fukunaga, e do elenco formado por Sonoya Mizune, interpretando a Dr. Azumi Fujita, uma das responsáveis pelas pesquisas; Billy Magnussen interpretando Jed Milgrim,  irmão de Owen; Rome Kanda como Dr. Muramoto; Julia Garner como Ellie, irmã de Annie; e Justin Theroux como Dr. James.

Estrelados pelos supertalentosos Jonah Hill e Emma Stone, que foram indicados aos Oscar, porém apenas Stone recebeu pela atuação em “La La Land: Cantando Estações”, os dois mandam muito bem em seus personagens, que é claro que o roteiro possibilitou um vasto aprofundamento nos personagens e um enorme carinho do público. Hill entrega uma brutal performance que emociona muito, seja pela depressão ou pelo humor negro, e é claro, perder peso e enfrentar um personagem em depressão e se sair tão bem – será que temos outro camaleão da interpretação? – Quando se olha para Owen você vê desistência, nenhuma porcentagem de esperança, basicamente ele só respira, e poder ver a atuação de Jonah Hill dá vontade de levantar de onde estiver (no meu caso da cama) e bater palmas por poder ver essa atuação que refrete muitas pessoas e poder sentir o que essas pessoas sentem.

Já a maravilhosa Emma Stone com sua personagem Anne Landsberg, uma jovem com problemas no passado que a tornaram viciadas porém ao contrário do comum, ela recorre ao medicamento dos exames para poder presenciar o passado novamente, talvez a identificação a essa personagem possa ser mais forte do que o Owen, e entender como a “mecânica” funciona possa fazer abrir os olhos e prestar atenção a quem está em volta e poder identificar e ajudar. Anne também em depressão se mostrar mais ativa em busca de algo, apesar de ver um pouco de esperança para seguir adiante, o passado sempre acaba sendo mais forte. Stone também merece todos os elogios pela sua atuação.

De fato “Maniac” traz uma conceito bem interessante e arquiteta de forma curiosa e com uma boa dose de humor negro o relacionamento entre pessoas. A necessidade de se ter um relacionamento vem dos primórdios e falta dessa afeição natural, seja pelo fato de não querer desperdiçar seu tempo fazendo amigos ou pela real falta de não ter com quem conversar, faz com que se crie possibilidades de se obter esse vinculo, como é o caso da “Friend Proxy” (AmigUs) que possibilita um encontro com seu amigo do passado, encarnado por qualquer um que precisa de dinheiro e se sujeita ao “Ad Buddy” (Anúncios Já).

A direção de Fukanaga é deslumbrante por entregar uma interessante história e por possibilitar uma quantidade enorme de detalhamento, seja no roteiro com todas as tramas e subtramas envolvidas, na direção de arte pelo cuidado visual incrível e pela trilha sonora impressionante e que dá vontade de só parar para ouvi-la.

Nota: 10




Confira a crítica em vídeo:




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