Crítica | O Retorno de Mary Poppins





Um dos maiores clássicos da Disney ganha as telas dos cinemas depois de 24 anos, escolher continuar a história de “Mary Poppins” para as crianças de hoje um conto que mistura a imaginação com realidade, músicas e danças mexendo novamente com o centro de tudo que a companhia foi constituída pelo sonhador Walt Disney com a história da escritora PL Travers.

Com direção de Rob Marshall estrelado por Emily Blunt, Lin-Manuel Miranda, Meryl Streep, Ben Whinshaw, entre outros, o filme acontece na Londres em 1930 na época depressão, os filhos Michael e Jane Banks agora estão adultos e moram junto com os três filhos de Michael, Annabel, Georgie e John e ainda com a governanta Ellen. Após a perda de sua esposa, Michael tenta estabelecer suas vidas trabalhando no mesmo banco em que seus pai trabalhava, quando as coisas começam a piorar “Mary Poppins” retorna dos céus para ajudar a todos com o auxílio de Jack.

A estrela Emily Blunt (de “Um Lugar Silencioso”) encarna perfeitamente a personagem título anteriormente protagonizada pela Julie Andrews, as expressões, a boa sagacidade e comicidade, o brilho e a voz, Blunt brilha respeitando o primeiro ao menos tempo que mostra ser ela mesma no papel ao invés de uma computação gráfica. Lin-Manuel Miranda vive Jack o pequeno limpador de chaminés que agora acende e apaga as luzes da cidade,  seu personagem tem vários momentos musicais tendo inclusive sua própria história no meio de toda magia. O personagem de Ben Whinshaw é a conexão de todos os outros personagens, a perda de sua esposa, a criação de três crianças, as cobranças da hipoteca de sua casa, toda trama gira em torno dele e Whinshaw segura as pontas e manda bem no que é proposto. Até mesmo o elenco mirim consegue muito bem em suas tarefas, apesar de todos estarem como ajudantes do pai, cada um tem uma característica diferente.

A direção de Rob Marshall mantém uma agilidade narrativa que não cansa, diferente do original porém perde um pouco do brilho de cada cena algo que valoriza demais o primeiro. Claro que a agilidade destaca o trabalho dos roteiristas e dos atores por manterem um texto mais veloz com pouco espaço para respiração, inclusive do público. Até a diva Meryl Streep brilha na música de sua personagem Topsy, prima de Mary Poppins, que serve de grade aprendizagem aos pequenos.

O design de produção é deslumbrante pela quantidade de detalhes, porém a montagem é prejudicada pela correria das cenas que nos faz acompanhar os personagens no ambiente em que estão ao invés de poder se deliciar pelas belas paisagens.

“O Retorno de Mary Poppins” continua com brilho do clássico dos anos 90 tenta “acertar” o ponto negativo do anterior prejudicando, porém perde um pouco da graça do mundo mágico e misterioso criado pelo desenho de produção.

Nota: 7





Confira o trailer:

 

 




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