Crítica | “Transformers: O Despertar das Feras”

Fonte: Paramount Pictures

O filme “Transformers: O Despertar das Feras” é mais uma transformação que a franquia de Michael Bay recebe depois do despretensioso e reformulado “Bumblebee” (2018). Com direção de Steven Caple Jr. (Creed II, 2018), protagonizado por Anthony Ramos (“Em Um Bairro de Nova York”) e Dominique Fishback (“Judas e o Messias Negro”), a nova história se concentra em seus personagens, Noah Diaz e Elena Wallace, respectivamente, além do novo Autobots Miragem, com voz original de Peter Davidson, substituir o protagonismo dos clássicos Optimus Prime, voz de Peter Cullen, e Bumblebee.

A princípio, pareceu bom uma sequência sem necessitar assistir os filmes anteriores. Filmes episódicos do mundo sendo salvo por robôs e humanos. É uma boa ideia, e filme não é ruim, no entanto, a narrativa sempre tropeça em si mesmo.

Fonte: Paramount Pictures

Personagens

O personagem Noah, é o elemento principal, ele tem problemas em seu passado que o afetam e prejudicam os tratamentos da doença de seu irmãos Kris Diaz, interpretado por Dean Scott Vazquez, (“Em Fuga”). Diante disso, conflitos éticos aparecem para testar seu caráter, afinal, o protagonista precisa ser integro, e diante desse teste surge o furo, ou dizendo em outras palavras, o primeiro de muitos tropeços da história. O interprete de Diaz, Antony Ramos, não leva seu personagem a um melodrama barato de um pobre coitado sem oportunidades, mas também, não vai pelo caminho de um macho alfa imponente. De fato, Ramos tem carisma e presença, é um bom e entrega as oportunidades deixadas pelo, se faltou um desenvolvimento de personagem, nesse caso, o culpado é o roteiro.

Já a personagem de Elena Wallace, é uma espécie de coadjuvante de luxo, ou talvez, uma protagonista esquecida na ilha de edição. Ela começa como se houvesse história a ser contada, mas logo se esvaindo, funcionando como uma peça de única posição, lá no final de tudo. E isso não é por falta de eficiência de Dominique Fishback, ela só não teve espaço para contar sua personagem.

Enquanto que o Miragem, o Autobot que tem maior laço de amizade com o humano, faz o ponto de alivio cômico, e referências. Por mais que a sessão para imprensa tenha sido dublada, dá para imaginar o carisma e a descontração de Peter Davidson. Não sei se é suficiente para lançar um novo brinquedo, porém, é o refresco que a franquia precisava, se, põe muitos “se”.

Anteriormente, Bumblebee foi um agradável refresco, e é estranho “O Despertar das Feras” ser uma sequência sem se beneficiar do que foi construído no primeiro. E se as ambições deste não fossem para formular um crossover no futuro. Mas deixarei que o próprio filme fale sobre isso.

Peru

Um elemento que me emocionou, é a forte presença no Peru, seja pelas ambientações, cultura e pessoas. Claro que as batalhas robóticas destruiria tudo, por outro lado, foi prazeroso, um novo ambiente.

Outra curiosidade, é o fato da franquia beber das águas de “Power Rangers” para prosseguir sua franquia. Pode parecer bizarro, mas o próprio trailer, deixou ar das referências de robôs animais, que depois viram lutadores bípedes, e inclusive um service de Kriz usando uma camiseta dos power ragers. Intrigante, e ornou.

Para finalizar, a direção morna de Steven, pode ter deixado o novo filme sem ter grandes expectativas de uma vida longa na memória. Visto que a falta de assinatura, prejudica os inevitáveis momentos de dispersão, incluindo os inúmeros furo de roteiro e continuidade. E possivelmente, o único responsabilizado pela redução massiva de duração, visto que seria um épico de três horas, mas durou duas horas e sete minutos.

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